28 de dez. de 2012

As Vantagens de Ser Invisivel - The Perks of Being a Wallflower (Steven Chbosky - 2012) (Spoilers)



     Depois de tanto tempo sem postar, onde o meu tempo todo foi consumido por compromissos do mundo real ou por longas horas de filmes incríveis, volto pra trazer um filme que deve ser assistido. Deixando de lado as cerimônias, eu diria que deve ser assistido por todos. Não só por aquelas pessoas que apreciam um bom filme de "teenage angst" ou de um um bom drama, isso porque todos já passaram ou passarão por essa fase, e sabem como ela pode ser conturbada. 
     Fui conhecer As Vantagens de Ser Invisível quando soube que a Emma Watson, ícone de todos os potterheads, estaria no elenco. Desde o início a sinopse me interessou, e o meu interesse só foi crescendo conforme eu lia os comentários tão empolgados e ansiosos, na expectativa de que a adaptação fosse tão boa quanto o livro, que, incrivelmente, é o mesmo diretor do filme..é ou não é o sonho de qualquer fã? ter o roteiro adaptado e o filme dirigido pelo próprio autor do livro! não pode haver erro ou decepção, a não ser por uma péssima onda de azar ou falta de mão firme na hora de dirigir o longa.
     A história se desenrola ao redor do personagem Charlie (Logan Lerman), que ao entrar no "ensino médio", high school, a fase mais esperada e/ou temida pelos jovens da terra do tio sam, e o Charlie, como um bom adolescente desajustado, fica apreensivo, porque provavelmente não vai fazer nenhum amigo interessante e muito menos se misturar com a turminha dos populares, o que significa ter que passar o resto dos anos sentando sozinho ou com pessoas estranhas, sofrer bullying e ainda por cima não arranjar um par pra maldita festa de formatura, a maldita Prom Night. Mas o que ele menos esperava acontece: surgem pessoas tão ou mais desajustadas que ele, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson). Não que não existissem outros misfits com quem ele pudesse fazer amizade, mas nenhum deles eram tão absurdamente fascinantes e nem o compreendiam tão bem quanto a Sam e o Patrick. A história é contada através da narrativa do Charlie, ele escreve cartas a uma pessoa anônima contando episódios da sua 'nova' vida no ensino médio.
     Pode parecer a sinopse mais clichê do universo, eu também pensei isso quando li..."ok, já ficou saturado, nós não precisamos de mais filmes sobre mimimis adolescentes, sobre nerds e losers sofrendo bullying ou usando drogas como forma de escapar de tudo isso". Pensei isso até assistir ao trailer, porque o que realmente faz a diferença nesse filme é a sensibilidade com a qual a história é tratada, como os personagens parecem tão reais, como se fossem amigos que conhecemos da nossa vizinhança, e principalmente (pelo menos pra mim) com o qual podemos nos identificar de uma forma tão absurda, chegando a nos sentir parte da história deles, torcendo pra que as coisas dêem certo e nos decepcionando quando elas não vão de acordo com o esperado.
     O filme, além de tudo, é de uma beleza técnica que há muito tempo eu não via. Sem nem comentar as atuações, a fotografia, a trilha sonora e principalmente certas cenas e certos diálogos são verdadeiras pérolas do cinema de hoje, talvez seja antecipar demais tudo, mas não tenho muitas dúvidas quanto ao legado do filme no futuro. A cena em que a Sam  fica "voando" ao som de Heroes do David Bowie e quando eles encenam número de Rocky Horror Picture Show no cinema, pra mim foram muito marcantes. Espero ler o livro em breve e acompanhar ainda mais de perto a história.

 Charlie: Right now we are alive and in this moment I swear we are infinite".

 Sam: Why do I and everyone I love pick people who treat us like we're nothing? 
 Charlie: We accept the love we think we deserve. 

 Sam: Welcome to the island of misfit toys. 

 Patrick: C minus, ladies and gentlemen! I am below average! 
 Sam: Below average! 


 


Nenhum comentário:

Postar um comentário